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Falemos então de escritórios flexíveis. Afinal, o modelo do futuro.

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Longe vão os tempos em que as empresas escolhiam um escritório e o ocupavam, invariavelmente, durante anos e anos, muitas vezes sem investimento na sua modernização ao longo do tempo ou até especial atenção ou cuidado à sua decoração ou coerência visual.

Passou a ser , também, uma relíquia, a existência de um departamento interno cuja missão era a gestão de toda a logística inerente à manutenção do espaço.

Mais recentemente, toda a disrupção que a pandemia trouxe, voltou a colocar na berlinda a discussão quanto à dicotomia entre trabalho e o espaço físico onde o mesmo é realizado.

Importa, agora, pensar naquilo que ficará depois de tudo isto. Mesmo perante a conjuntura que vivemos (ou talvez por via desta mesma conjuntura), podemos desde já antecipar a grande tendência para os espaços e edifícios de escritórios (algo que para os mais atentos já é claro há alguns anos) : é a Flexibilidade. Vejamos porquê.

O teletrabalho, termo tantas vezes mencionado nos últimos anos, com a eclosão da Transformação Digital, mas realmente pouco explorado pelas organizações, entrou no léxico de muitos. As empresas, enquanto espaço físico que reúnem colaboradores, equipas, clientes e parceiros, foram largamente esvaziadas. Embora tal não signifique um abandono dos escritórios, o trabalho remoto implica agora uma redefinição, com uma muito menor taxa de ocupação de colaboradores e um conjunto de normas de segurança e higiene. Novas regras são a atual rotina, como o trabalho em espelho, turnos, rotatividade.

Na verdade, já antes de 2020 se assistia a uma crescente preocupação das organizações em mudar o paradigma, cientes que a tradição já não é mesmo o que era. Em Lisboa, é algo que se tem verificado na última década, em resposta à anterior crise – embora ainda tenha muito por crescer, ou não tivesse a capital uma oferta de serviced office spaces a rondar apenas 1%, do total de área comercial destinada a imóveis para empresas. Mas a nível internacional este é um conceito já devidamente explorado desde há cerca de 30 anos, com génese em Londres ou Nova Iorque.

A pandemia apenas acelerou uma inevitabilidade, a preocupação em torno de soluções flexíveis. Atualmente, espera-se que mitiguem os riscos, quando a higiene pública e distância física se tornaram lugares comuns. De futuro, terão como missão libertar as organizações para o foco no seu core business.

Quem procura um escritórios para integrar toda a panóplia de pessoas, computadores e demais objetivos indicadores da identidade da empresa, exige agora produtos em formato chave na mão, onde equipas especializadas tomam a seu cargo a resolução das mais variadas questões diárias que surgem no contexto de escritório. Sem esquecer a atenção a todo o design e funcionalidade dos espaço, aspetos considerados inovadores e premium, cada vez mais procurados pelas empresas.

Desengane-se quem pensa que este é um conceito apenas adotado por jovens empreendedores, acabados de lançar as suas start-ups. É uma associação que faz sentido, mas está bem longe de ser exclusivo destas empresas. Cresce o número de organizações de grande dimensão, bem como multinacionais, a procurar pisos inteiros para albergar 50 a 100 profissionais, com todos os serviços, desde apoio de equipa de receção, até à decoração do espaço ou colocação de imobiliário, mesmo à escolha da máquina de café que se adeque ao seu público-alvo, facilities, acesso a salas de reunião, espaços de lazer e copa privativa, sempre com o intuito de assegurar total privacidade e alto nível de serviço.

Tudo isto com contratos de curtíssimo prazo, mesmo mensais, enquanto não definem ou seus planos estratégicos. A imprevisibilidade dos nossos tempos não é apenas pandémica, é algo inerente a uma economia de mercado como a portuguesa, em pleno século XXI. Assim, é normal que os contratos sejam de curto prazo, às vezes 1 ano, mas também de 6 meses e até 1 mês, ao invés dos anteriores arrendamentos, entre os 3 e 5 anos.

Mas esta flexibilidade não significa instabilidade. Simplesmente, a natureza da procura mudou. A atual mentalidade empresarial pretende mitigar quaisquer riscos de ocupação, e vê no modelo de escritório flexível com serviços a solução adequada para o efeito. Com um grande mote: total concentração seu negócio, permitindo preparar-se para o crescimento ou ajuste em função das circunstâncias.

Fonte: Vida Imobiliária

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